A integração entre os Serviços de Inteligência das equipes de
Segurança Pública do Amapá e do Pará possibilitou a captura do principal
acusado da morte do taxista Raimundo Wilson Brito, cujo assassinato
chamou a atenção da opinião pública em razão da grande repercussão nas
redes sociais desde o dia 3, quando a vítima foi vista pela última vez
com vida.
O suspeito de ser o mentor do crime foi preso na noite de
quinta-feira, 16, em Santarém (PA), após troca de informações entre as
polícias dos dois Estados. Preso quando tentava escapar em um veículo de
transporte de passageiros, nas imediações da rodovia BR-163 - que
interliga o município paraense à Cuiabá, capital mato-grossense -, ele
vinha tendo seus rastros monitorados desde a prisão do primeiro acusado,
localizado em Macapá, na noite do último dia 7. A captura do principal
acusado contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Pará.
O prisioneiro deverá ser recambiado para a capital amapaense ainda
nesta sexta-feira, 17. A expectativa é que ele desembarque até o final
da tarde no Aeroporto Internacional Salomão Alcolumbre, sob um forte
esquema de segurança. O suspeito chegará escoltado pela equipe do
delegado Uberlândio Gomes, diretor do Departamento de Polícia do
Interior (DPI) da PC amapaense, que articulou a operação de captura, em
conjunto com as autoridades paraenses.
Para o secretário de Estado da Justiça e Segurança Pública, Gastão
Calandrini, as ações integradas foram fundamentais para a rápida
resposta e elucidação do caso. Ele também lembrou ajuda recebida do governo do Pará que cedeu
helicóptero do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp)
para ajudar nas buscas logo nos primeiros dias de investigação.
"O caso está elucidado e com os principais acusados capturados. Isso
foi possível graças ao trabalho que o Governo do Amapá faz junto às
instituições de Segurança Pública de outras unidades da Federação",
enfatizou Calandrini.
O crime
O taxista Raimundo Wilson Brito desapareceu no último dia 3. Antes da polícia confirmar a sua morte, o caso já tinha ganhado ampla repercussão nas redes sociais devido à divulgação maciça da categoria a qual pertencia a vítima. Após ações integradas locais e interestaduais, as autoridades amapaenses juntaram peças montaram o quebra-cabeça.
O taxista Raimundo Wilson Brito desapareceu no último dia 3. Antes da polícia confirmar a sua morte, o caso já tinha ganhado ampla repercussão nas redes sociais devido à divulgação maciça da categoria a qual pertencia a vítima. Após ações integradas locais e interestaduais, as autoridades amapaenses juntaram peças montaram o quebra-cabeça.
Segundo a polícia, o crime iniciou ao amanhecer do dia 3, em Macapá,
quando o taxista Brito aceitou a proposta dos suspeitos para levá-los
até o município de Porto Grande por R$ 200. No caminho, um dos suspeitos
pediu para o taxista entrar no ramal do retiro São José, à altura do
KM-78 (distância de Macapá) da BR-156, local aonde o crime ocorreu. Lá,
um deles disse que queria urinar e pediu para parar o carro.
Dentro do taxi, o comparsa anunciou o assalto. Segundo a polícia o
taxista ainda tentou reagir e chegou a pegar uma faca que escondia na
porta do motorista. Porém o objeto foi tomado dele e usado para
assassiná-lo. O corpo do taxista foi deixado no mesmo ramal.
De acordo com as investigações, o relato de como Wilson Brito teria
sido morto foi a confissão do homem localizado e detido (o primeiro a
ser preso) em Macapá na terça-feira, 7, à noite. Foi ele quem levou a
polícia até a localização do corpo da vítima. O acusado revelou que o
segundo envolvido (preso em Santarém) o contratou para "render" um
taxista qualquer, com o objetivo de roubar e clonar o veículo para
utilizá-lo em transporte clandestino de passageiros no trecho Macapá
/Lourenço.
Após o homicídio, os acusados se separaram. O primeiro a ser preso
voltou à Macapá. Já o acusado preso nesta quinta-feira, 16, foi no carro
da vítima em direção ao norte do Estado, deixando rastros de pistas,
como o celular do motorista, a bandeira do táxi e adesivos da
cooperativa, pelo caminho. Estas peças, fundamentais para as
investigações, foram achadas em Tartarugalzinho e Calçoene.
Nas próximas horas, a polícia deve dar mais detalhes sobre as investigações.
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