sexta-feira, 17 de julho de 2015

PRINCIPAL SUSPEITO DE MATA TAXISTA É PRESO EM SANTARÉM

A integração entre os Serviços de Inteligência das equipes de Segurança Pública do Amapá e do Pará possibilitou a captura do principal acusado da morte do taxista Raimundo Wilson Brito, cujo assassinato chamou a atenção da opinião pública em razão da grande repercussão nas redes sociais desde o dia 3, quando a vítima foi vista pela última vez com vida.

O suspeito de ser o mentor do crime foi preso na noite de quinta-feira, 16, em Santarém (PA), após troca de informações entre as polícias dos dois Estados. Preso quando tentava escapar em um veículo de transporte de passageiros, nas imediações da rodovia BR-163 - que interliga o município paraense à Cuiabá, capital mato-grossense -, ele vinha tendo seus rastros monitorados desde a prisão do primeiro acusado, localizado em Macapá, na noite do último dia 7. A captura do principal acusado contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Pará.

O prisioneiro deverá ser recambiado para a capital amapaense ainda nesta sexta-feira, 17. A expectativa é que ele desembarque até o final da tarde no Aeroporto Internacional Salomão Alcolumbre, sob um forte esquema de segurança. O suspeito chegará escoltado pela equipe do delegado Uberlândio Gomes, diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI) da PC amapaense, que articulou a operação de captura, em conjunto com as autoridades paraenses.

Para o secretário de Estado da Justiça e Segurança Pública, Gastão Calandrini, as ações integradas foram fundamentais para a rápida resposta e elucidação do caso. Ele também lembrou ajuda recebida do governo do Pará que cedeu helicóptero do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp) para ajudar nas buscas logo nos primeiros dias de investigação.

"O caso está elucidado e com os principais acusados capturados. Isso foi possível graças ao trabalho que o Governo do Amapá faz junto às instituições de Segurança Pública de outras unidades da Federação", enfatizou Calandrini.

O crime
O taxista Raimundo Wilson Brito desapareceu no último dia 3. Antes da polícia confirmar a sua morte, o caso já tinha ganhado ampla repercussão nas redes sociais devido à divulgação maciça da categoria a qual pertencia a vítima. Após ações integradas locais e interestaduais, as autoridades amapaenses juntaram peças montaram o quebra-cabeça.

Segundo a polícia, o crime iniciou ao amanhecer do dia 3, em Macapá, quando o taxista Brito aceitou a proposta dos suspeitos para levá-los até o município de Porto Grande por R$ 200. No caminho, um dos suspeitos pediu para o taxista entrar no ramal do retiro São José, à altura do KM-78 (distância de Macapá) da BR-156, local aonde o crime ocorreu. Lá, um deles disse que queria urinar e pediu para parar o carro.

Dentro do taxi, o comparsa anunciou o assalto. Segundo a polícia o taxista ainda tentou reagir e chegou a pegar uma faca que escondia na porta do motorista. Porém o objeto foi tomado dele e usado para assassiná-lo. O corpo do taxista foi deixado no mesmo ramal.

De acordo com as investigações, o relato de como Wilson Brito teria sido morto foi a confissão do homem localizado e detido (o primeiro a ser preso) em Macapá na terça-feira, 7, à noite. Foi ele quem levou a polícia até a localização do corpo da vítima. O acusado revelou que o segundo envolvido (preso em Santarém) o contratou para "render" um taxista qualquer, com o objetivo de roubar e clonar o veículo para utilizá-lo em transporte clandestino de passageiros no trecho Macapá /Lourenço.

Após o homicídio, os acusados se separaram. O primeiro a ser preso voltou à Macapá. Já o acusado preso nesta quinta-feira, 16, foi no carro da vítima em direção ao norte do Estado, deixando rastros de pistas, como o celular do motorista, a bandeira do táxi e adesivos da cooperativa, pelo caminho. Estas peças, fundamentais para as investigações, foram achadas em Tartarugalzinho e Calçoene.

Nas próximas horas, a polícia deve dar mais detalhes sobre as investigações.

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