segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Disputa ao governo do Amapá tem nove pré-candidatos anunciados

Primeiro turno está marcado para 5 de outubro.Partidos devem confirmar nomes até 30 de junho.

Fachada do Palácio do Setentrião
(Foto: Abinoan Santiago/G1)

 A oito meses do primeiro turno das eleições de 2014, marcado para 5 de outubro, nove pré-candidatos anunciaram que vão disputar o governo do Amapá. A lista reúne ex-governador, ex-senador, promotor de Justiça, vereador de Macapá, secretário municipal, professor, rodoviário e o atual governador do estado Camilo Capiberibe, que tentará a reeleição para o segundo mandato.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabeleceu o prazo de 10 a 30 de junho para os partidos realizarem convenções para confirmação dos nomes dos candidatos que disputarão as eleições de 2014.  O período foi estabelecido pela Lei das Eleições e tem validade para todos os partidos políticos para garantir isonomia entre as legendas.
Apesar de a confirmação acontecer apenas em junho, não é proibida a manifestação de partidos políticos em relação ao lançamento de pré-candidaturas de filiados. No Amapá, os diretórios regionais que já definiram pré-candidatos foram o PSB, PDT, PPS, PSTU, PTC, Psol, PSD e PR. Todas as siglas posicionaram-se sobre as definições.
Vereadora de Macapá Aline Gurgel deverá disputar a segunda eleição (Foto: Abinoan Santiago/G1) 
Vereadora de Macapá Aline Gurgel deverá disputar
a segunda eleição (Foto: Abinoan Santiago/G1)
 
Aline Gurgel
A vereadora de Macapá é a pré-candidata do PR ao governo do Amapá. Ela vai disputar a segunda eleição. A primeira foi em 2012, quando elegeu-se vereadora com 4,7 mil votos. Aline Gurgel faz parte de um grupo político amapaense composto pelo marido, ex-presidente da Federação Industrial do Amapá Hildegard Gurgel; a sogra, a deputada estadual Telma Gurgel; e o cunhado, o deputado federal Vinicius Gurgel.
"Está confirmada a nossa pré-candidatura ao governo do estado. Atualmente o nosso partido está consolidado, o que mostrou a necessidade de lançarmos um candidato próprio apesar de eu ter pouco tempo de mandato", frisou a pré-candidata.
Aline garante que não vai abrir mão da disputa: "Nossa candidatura é cabeça de chapa porque tivemos convites de outros partidos para compormos uma aliança para sermos vice e recusamos. Estamos com a ideia consolidada".
Governador Camilo Capiberibe (Foto: Graziela Miranda/G1) 
Governador do Amapá Camilo Capiberibe
(Foto: Graziela Miranda/G1)
Camilo Capiberibe
 
O presidente do PSBno Amapá João Alberto Capiberibe confirmou que a intenção da sigla nas eleições de 2014 é a reeleição do atual governador Camilo Capiberibe, eleito em 2010. “A maneira de governar fez com que a militância desejasse a continuação. Por isso, o governador vai à reeleição”, garantiu João Capiberibe, que é pai de Camilo Capiberibe.
Para ele, o índice de desaprovação de 73% da população em relação a atual administração, conforme pesquisa do Ibope em dezembro de 2013, não atrapalhará os trabalhos durante a campanha.
“Essa pesquisa foi algo da temperatura política do momento. Essa avaliação da sociedade vai mudar na medida em que ela compreender as ações, com entrega de obras e resgate da credibilidade do governo”, avaliou.
Economista Charles Chelala mensurou perdas do FPE para o Amapá (Foto: Abinoan Santiago/G1) 
Economista Charles Chelala foi colocado como
candidato do PSOL (Foto: Abinoan Santiago/G1)
 
Charles Chelala
O economista Charles Chelala foi o nome escolhido pelo diretório do PSOL para disputar o governo do Amapá nas eleições de 2014. Ele é o atual secretário municipal de governo na prefeitura de Macapá, administrada pelo mesmo partido.
Apesar de ter ocupado cargos públicos, tanto no governo do Amapá quanto na prefeitura da capital, Chelala vai disputar pela primeira vez, aos 46 anos, um mandato político.
“O diretório ratificou a pretensão do partido em lançar o nosso nome. O fato de não ter me candidatado nenhuma vez vai ser uma adversidade a ser vivida pela nossa candidatura, mas acredito que isso será contornado”, avalia Chelala.
Segundo o economista, a pré-candidatura é resultado das últimas duas eleições que o PSOL disputou no Amapá. Em 2010, a sigla elegeu Randolfe Rodrigues para o Senado e; em 2012, o então vereador de Macapá Clécio Luís conseguiu vencer a eleição para a prefeitura da capital do estado.
“A trajetória do PSOL no Amapá o credencia a ter candidato próprio, sem estar atrelado a um ou a outro partido”, declarou.
PSTU lançou Genival Cruz como pré-candidato ao governo do Amapá (Foto: Divulgação) 
PSTU lançou Genival Cruz como pré-candidato
ao governo do Amapá (Foto: Divulgação)
 
Genival Cruz
O presidente do Sindicato dos Rodoviários Genival Cruz será o candidato do PSTU nas eleições de 2014 ao cargo de governador do Amapá. Cruz vai disputar pela terceira vez uma eleição majoritária. Em 2012, quando concorreu à prefeitura de Macapá, ele ficou à frente do candidato do PCdoB Evandro Milhomem, que também é deputado federal.
“Nossa campanha é baseada na luta dos trabalhadores que pedem mais saúde e educação. Como parte dos movimentos sociais, nos colocamos à disposição para representar os anseios da classe trabalhista. (...) Assim, vamos tentar obter resultado melhor que tivemos em 2012”, acredita Gemaque.
Jonas Pinheiro é ex-senador pelo Amapá e vai disputar o governo (Foto: Ascom/Jonas Pinheiro) 
Jonas Pinheiro é ex-senador pelo Amapá e vai
disputar o governo (Foto: Ascom/Jonas Pinheiro)
 
Jonas Pinheiro
O ex-senador (1990-1994) pelo Amapá Jonas Pinheiro confirmou que vai voltar a se candidatar ao governo do estado em 2014. O lançamento da pré-candidatura acontece 20 anos depois de perder a disputa ao executivo estadual em 1994 para João Alberto Capiberibe. Ele vai concorrer pelo PTC, partido do qual é presidente no Amapá.
“Foi uma decisão da diretoria nacional do partido, que estabeleceu que eu pudesse ser candidato ao governo do Amapá. A cabeça de chapa é inegociável. Que nenhum partido venha perder tempo comigo para pensar em propor uma candidatura a vice ou a senador”, avisou.
Para Pinheiro, o fato de estar afastado do cenário político por um longo período não o atrapalhará nas eleições de 2014.
“O eleitorado jovem não conviveu comigo, mas ao mesmo tempo isso ajuda bastante porque eu não tenho rejeição”, avaliou Pinheiro.
jorge amanajas (Foto: Divulgação) 
Jorge Amanajas foi candidato em 2010
(Foto: Divulgação)
 
Jorge Amanajás
O professor Jorge Amanajás é o pré-candidato do PPS ao governo do estado, conforme confirmou o presidente estadual da sigla no Amapá, Allan Sales. “O nome dele foi colocado como alternativa entre os modelos de governo. Diante disso, acreditamos que não exista possibilidade de desistirmos de ser cabeça de chapa, tanto que ele veio para o PPS com esse objetivo”, afirmou.
Amanajás é um dos fundadores do maior curso gratuito pré-vestibular do Amapá. Ele também foi presidente da Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) e exerceu o mandato de deputado estadual por três vezes.
De acordo com Sales, o fato de o pré-candidato ter ficado em terceiro lugar nas eleições de 2010 o credencia para concorrer novamente ao pleito em 2014.
“O Amanajás ficou com 28%, mesmo percentual de Lucas Barreto e Camilo Capiberibe no primeiro turno. Isso mostra a confiança da população no nome dele”, disse.
Lucas Barreto (à direita) vai tentar pela segunda vez se eleger ao governo (Foto: Fabiola Gomes/G1) 
Lucas Barreto (à direita) vai tentar pela segunda
vez se eleger governador (Foto: Fabiola Gomes/G1)
 
Lucas Barreto
O recém-criado PSD vai lançar pela primeira vez um candidato ao governo do Amapá, segundo confirmou o presidente estadual do partido Eider Pena. O nome que a sigla deverá confirmar em junho será o do ex-deputado estadual (1991 a 2006) e atual vereador de Macapá Lucas Barreto.
“O partido está trabalhando com vários segmentos da população para que juntos possamos elaborar um projeto de campanha a Lucas Barreto. Ele deve ser viável para o estado. (...) O PSD é totalmente independente e seremos candidatíssimos ao governo do Amapá, a fim de iniciar um novo projeto. É uma decisão praticamente consolidada”, garantiu Pena.
Lucas vai disputar pela terceira vez uma eleição majoritária. Em 2008, ele ficou em terceiro lugar na eleição à prefeitura de Macapá, e em 2010 foi derrotado no segundo turno por Camilo Capiberibe.
Promotor de Justiça Moisés Rivaldo vai se afastar do MP para concorrer ao governo do Amapá (Foto: Abinoan Santiago/G1) 
Promotor de Justiça Moisés Rivaldo vai se afastar
do MP para concorrer ao governo do Amapá (Foto:
Abinoan Santiago/G1)
 
Moisés Rivaldo
O promotor de Justiça do Ministério Público do Amapá (MP/AP) Moisés Rivaldo vai concorrer pela primeira vez ao governo do estado. Ele ganhou notoriedade após ter como causa a descoberta de possíveis pontos de exploração de petróleo na costa amapaense, chegando a promover audiências públicas em Macapá e demais municípios do Amapá.
"É preciso que se mude a matriz econômica do estado, precisando desenvolvê-lo a partir da criação de empregos na iniciativa privada. Além disso, cobrar da política internacional um ressarcimento de sermos o estado mais preservado. Queremos que pague essa dívida social porque não podemos preservar às custas do amapaense", afirmou.
Para concorrer ao governo, Moisés Rivaldo deverá se afastar do cargo de promotor de Justiça. Ele disse que ainda não tem partido para concorrer por optar decidir pela filiação apenas às vésperas da desincompatibilização prevista para abril de 2014.
"Ainda não tenho um partido definido porque temos a possibilidade de nos filiarmos até abril. Temos um grupo de cinco siglas, que são de diálogos", frisou.
Na primeira fala após ser preso pela PF, em 2010, ex-governador disse ter sido humilhado (Foto: Abinoan Santiago/G1) 
Waldez Góes vai concorrer ao governo pelo PDT
(Foto: Abinoan Santiago/G1)
 
Waldez Góes
O PDT no Amapá diz que vai confirmar em junho o nome do ex-governador do estado Waldez Góes, para disputar o executivo estadual. Ele comandou o estado entre os anos de 2003 e abril de 2010, quando deixou o cargo para concorrer ao Senado Federal. Atualmente, Góes está como presidente do PDT no estado.

"Eu sou filiado há mais de 20 anos no PDT, e tenho um trabalho já realizado no Amapá em diversas áreas. Portanto, ao governo do estado, o partido chegou à conclusão que o nome é o meu. Estamos em um diálogo além da fronteira do PDT, inclusive com o PT, que faz parte da base do atual governo. (...) O meu nome defende a tese em concorrer somente ao cargo majoritário, descartando outras possibilidades", pontuou.

Waldez Góes chegou a ser preso pela Polícia Federal durante a campanha eleitoral em 2010, algo que, segundo ele, não deverá afetar a opinião do eleitorado quatro anos depois do episódio.

"Eu vou pautar esse assunto na campanha porque os fatos que ocorreram em 2010 precisam ser debatidos. Uma vez que até hoje não conseguiram fazer uma denúncia contra mim. Então quero esclarecimentos sobre isso", disse.


Abinoan Santiago

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