quarta-feira, 8 de abril de 2015

Centro de Atenção Psicossocial é adequado para atendimento 24h

A Rede de Atenção voltada a Saúde Mental do Estado do Amapá está em processo de reorganização. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) vai tornar o Centro de Atenção Psicossocial II (CAPS), chamado de Casa da Gentileza, referência no atendimento e tratamento a pessoa com sofrimento mental severo e persistente.

A adequação prevê o funcionamento 24h e nos sete dias da semana com utilização de recursos terapêuticos, visando proporcionar atenção integral evitando internações psiquiátricas. Hoje o Estado não possui referência para este tipo de procedimento, sendo o Hospital de Emergência a porta de entrada para usuários em crises.

"Hoje no Estado não temos referência para saúde mental. Possuímos a psiquiatria que não trabalha com ambulatório, temos as unidades de saúde que não possuem psiquiatras, a única porta de entrada aberta neste momento é o Hospital de Emergência. Quando finalizarmos as adequações de transformação do CAPS II para III teremos atendimento adequado de contenção para pacientes em crise e com isso estaremos de acordo com o que preconiza a Luta Antimanicomial que é a humanização do atendimento", informou a Coordenadora Estadual de Saúde Mental, Teresinha da Cunha Carvalho Silva.

O CAPS Casa da Gentileza atualmente realiza atendimento humanizado interdisciplinar, psicossocial no acolhimento de pessoas com sofrimento mental. Além disso, o trabalho é voltado a estimular a integração social e familiar através de atendimento médico e psicossocial. Mensalmente a Casa da Gentileza realiza aproximadamente 400 atendimentos de segunda a sexta-feira nos turnos da manhã e tarde.

Além do CAPS II, a Sesa também conta com o CAPS Álcool e Drogas (AD), destinado ao atendimento diário à população adulta com transtornos decorrentes do uso e dependência de substâncias psicoativas, como álcool e outras drogas. A Sesa está em fase de implantação do CAPS Infantojuvenil (IJ) no município de Santana, para crianças e jovens até 17 anos que apresentam transtornos mentais ou decorrentes do uso de drogas.

Os CAPS constituem a principal estratégia do Ministério da Saúde no processo de reforma psiquiátrica. A Política Nacional de Saúde Mental, apoiada na lei 10.216/02, busca consolidar um modelo de atenção à saúde mental aberto e de base comunitária. Isto é, mudança do modelo de tratamento: no lugar do isolamento, o convívio com a família e a comunidade.

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