A Rede de Atenção voltada a
Saúde Mental do Estado do Amapá está em processo de reorganização. A
Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) vai tornar o Centro de Atenção
Psicossocial II (CAPS), chamado de Casa da Gentileza, referência no
atendimento e tratamento a pessoa com sofrimento mental severo e
persistente.
A adequação prevê o
funcionamento 24h e nos sete dias da semana com utilização de recursos
terapêuticos, visando proporcionar atenção integral evitando internações
psiquiátricas. Hoje o Estado não possui referência para este tipo de
procedimento, sendo o Hospital de Emergência a porta de entrada para
usuários em crises.
"Hoje no Estado não temos
referência para saúde mental. Possuímos a psiquiatria que não trabalha
com ambulatório, temos as unidades de saúde que não possuem psiquiatras,
a única porta de entrada aberta neste momento é o Hospital de
Emergência. Quando finalizarmos as adequações de transformação do CAPS
II para III teremos atendimento adequado de contenção para pacientes em
crise e com isso estaremos de acordo com o que preconiza a Luta
Antimanicomial que é a humanização do atendimento", informou a
Coordenadora Estadual de Saúde Mental, Teresinha da Cunha Carvalho
Silva.
O CAPS Casa da Gentileza
atualmente realiza atendimento humanizado interdisciplinar, psicossocial
no acolhimento de pessoas com sofrimento mental. Além disso, o trabalho
é voltado a estimular a integração social e familiar através de
atendimento médico e psicossocial. Mensalmente a Casa da Gentileza
realiza aproximadamente 400 atendimentos de segunda a sexta-feira nos
turnos da manhã e tarde.
Além do CAPS II, a Sesa também
conta com o CAPS Álcool e Drogas (AD), destinado ao atendimento diário à
população adulta com transtornos decorrentes do uso e dependência de
substâncias psicoativas, como álcool e outras drogas. A Sesa está em
fase de implantação do CAPS Infantojuvenil (IJ) no município de Santana,
para crianças e jovens até 17 anos que apresentam transtornos mentais
ou decorrentes do uso de drogas.
Os CAPS constituem a principal
estratégia do Ministério da Saúde no processo de reforma psiquiátrica. A
Política Nacional de Saúde Mental, apoiada na lei 10.216/02, busca
consolidar um modelo de atenção à saúde mental aberto e de base
comunitária. Isto é, mudança do modelo de tratamento: no lugar do
isolamento, o convívio com a família e a comunidade.
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