quinta-feira, 13 de agosto de 2015

MAIS DE DOIS MIL QUADROS ESTARÃO EM EXPOSIÇÃO NA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DE MACAPÁ

Uma exposição com dois mil quadros do artista Carlos Prado, de 68 anos, será realizada em novembro. O objetivo do pintor é entrar para o Guinnes Book (Livro dos Recordes) com a maior exposição de telas feita no mundo. O lugar escolhido foi a Fortaleza de São José de Macapá que representa parte da vida de Prado. A Secretaria de Estado da Cultura (Secult) é quem fará a inscrição do artista para concorrer ao título.

As duas mil telas que serão expostas tem sido produzidas desde novembro do ano passado, cerca de 600 delas ainda serão produzidas até o dia da exposição. A ideia do artista é expor apenas os quadros pintados durante o período de um ano e não da sua vida inteira. As obras de Prado passam pelo cubismo, expressionismo, abstracionismo e mais outros nove estilos que poderão ser contemplados durante a exposição.


Os espaços da Fortaleza serão transformados em galerias. Até novembro, Prado irá pintar o restante dos quadros que integrarão a mostra. Ele produz em média 100 obras por dia, dedicando menos de cinco minutos para cada. "Vou pintar quadros que retratam o cotidiano e cultura do Amapá. Tenho uma série de telas com pinturas de 500 pássaros da Amazônia", declarou.

Dos quadros que serão pintados, 400 serão sobre o Amapá, os outros retratarão a Amazônia. Outro diferencial do artista é que ele não assina as obras, mas em todas elas inclui um círculo que representa o sol, símbolo da luz que segundo ele acompanha-o e é a inspiração para as pinturas.

O pintor não vende os quadros, pois considera que a arte deve ser apreciada por todos e que conta com ajuda divina para desenvolver as artes. A exposição é realizada pela Secult, e durante o evento uma tenda será montada no centro da área interna da fortaleza para que os visitantes possam apreciar a confecção das pinturas em tempo real. "Precisamos valorizar todas as artes e divulgar o Amapá para o mundo dando reconhecimento ao talento dos nossos artistas", afirmou o secretário de Estado da Cultura, Disney Silva.

Além da exposição, a Fortaleza também concorre ao título de Patrimônio Cultural da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas (ONU). Na sexta-feira, 21, a Secult realizará o lançamento da exposição "Amazônia".

O pintor
Carlos Prado é natural de Santa Catarina, mas criou raízes no Amapá. Os filhos e netos nasceram e foram criados no Estado que Prado adotou como seu. Por esse motivo, ele se denomina um artista amapaense, pois foi no Amapá que alavancou a carreira artística.

Autodidata, Prado começou a pintar aos oito anos, ao contrário de muitos artistas que possuem um estilo, ele possui vários. Outra curiosidade é que ele pinta com produtos básicos e utilizando as mãos. Pouco usa o pincel e em alguns casos utilizam pedaços de madeira e carvão.


Prado chegou ao Amapá por acaso. O barco que ele velejava pela Guiana Holandesa quebrou no distrito de Bailique quando retornava de viagem. Então, Prado foi a Macapá para fazer quadros que eram vendidos nas praças. Assim conseguiu consertar o barco para seguir viagem. Porém gostou muito da cidade e retornou permanecendo por muitos anos. Aos 68 anos, ele retorna ao Estado para um dos momentos mais importantes da carreira.


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