quarta-feira, 22 de junho de 2016

EMPRESAS QUE PRESTAVAM SERVIÇOS PARA ZAMIN ENCERRAM AS ATIVIDADES POR FALTA DE PAGAMENTO

Mais de 30 empresas que prestaram serviços para a mineradora Zamin Ferrous, em Santana, a 17 quilômetros de Macapá, encerraram as atividades por falta de pagamento dos contratos, segundo disseram os próprios empresários à Rede Amazônica no Amapá. Eles afirmam que altos valores foram investidos para a instalação das atividades na região.

Os empresários dizem que, com a situação, diversas dívidas foram geradas e, por isso, eles tiveram contas bancárias bloqueadas e bens apreendidos pela Justiça do Amapá. Segundo eles, a situação ocorre desde 2013, cinco meses depois de a Zamin ter comprado as ações da Anglo Ferrous no Amapá.
Francisco Soares, proprietário de uma empresa de montagem industrial, contou que foi obrigado a demitir cerca de 360 funcionários, porque prestou serviços à mineradora, mas não recebeu o pagamento, apesar de ter uma decisão judicial favorável.

"Investi alto para trabalhar para a mineradora, mas perdi tudo porque não fui pago. Então tive que fechar a empresa e demitir os funcionários. Um prejuízo enorme, mesmo que eu tenha sido favorecido na Justiça, a empresa simplesmente não pagou", reclamou.
O empresário Nadson Valente cobra uma dívida de R$ 2 milhões, e, segundo ele, precisou fechar a empresa por não conseguir pagar o salário de funcionários.

"O escritório da nossa empresa está abandonado, pois a Anglo, à época, exigiu que instalássemos uma grande estrutura e agora a Zamin não arcou com a responsabilidade de nos pagar", lamentou.
Por causa da situação, os empresários procuraram o Sindicato da Indústria da Construção Civil para reclamar o problema.

"Quando a Anglo assumiu o projeto exigiu que os fornecedores locais fizessem uma grande estrutura para prestar o grande serviço. Todos os empresários fizeram financiamento em banco. Mas dois anos depois, a Zamin não pagou todo esse pessoal  e criou este problema", ressaltou o presidente do sindicato, Glauco Cei.

O sindicato informou que vai solicitar uma reunião com os responsáveis pela empresa Zamin.

DO G1 AMAPÁ

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